“Digo, pois, que no principado completamente novo, onde exista um novo príncipe, encontra-se menor ou maior dificuldade para mantê-lo, segundo seja mais ou menos virtuoso quem o conquiste.” (Capítulo VI).
As dificuldades vão ser maiores ou menores dependendo de quem vai ser a autoridade, no caso, o príncipe. Vai depender da sua capacidade, de suas virtudes o processo daqui pra frente.
“Aqueles que somente por fortuna se tornam de privados em príncipes, com pouca fadiga assim se transformam, mas só com muito esforço assim se mantêm: não encontram nenhuma dificuldade pelo caminho porque atingem o posto a vôo; mas toda sorte de dificuldades nasce depois que aí estão.” (Capítulo VII).
Um príncipe que por sua fortuna, talvez fortuna essa sem ser por meios do mesmo facilmente se transforma em um príncipe, mas se manter no principado é o mais difícil, porque conseguiram tudo e então não encontram nenhuma dificuldade e só quando essas dificuldades aparecem que vão começar a descobrir o que já precisavam saber.
“Concluo, pois, que variando a sorte e permanecendo os homens obstinados nos seus modos de agir, serão felizes enquanto aquela e estes sejam concordes e infelizes quando surgir a discordância.” (Capítulo XXV).
Aqueles que têm mente, digamos, teimosas serão felizes até o momento em que todos concordarem com ele, mas quando discordarem dela se torna infeliz.
“Um príncipe não deve ser amado nem odiado, apenas temido”.
Uma pessoa quando está no poder não está ali para ser amada ou odiada por alguém, não está ali para agradar ninguém, mas sim pra fazer a coisa certa conforme o seu pensar. A autoridade, no caso, o príncipe deve ser temida pelo seu povo a ponto de que seja respeitada e não contrariada.