quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O Príncipe - Nicolau Maquiavel

“É coisa muito natural e comum o desejo de conquistar e, sempre, quando os homens podem fazê-lo, serão louvados ou, pelo menos, não serão censurados; mas quando não têm possibilidade e querem fazê-lo de qualquer maneira, aqui está o erro e, consequentemente, a censura.” (Capítulo III).
Alguém pode muito bem conquistar algo que vai até ser louvado por isso, isso é comum entre a maioria e também ninguém é censurado por fazer algo que é do seu desejo e que se pode muito bem conseguir. A única coisa que não se deve fazer é a seguinte: não ter recursos e possibilidades e mesmo assim tentar fazer de qualquer maneira, sendo assim, a censura se tornará inevitável.


“Os Estados que são governados por um príncipe e servos, têm aquele com maior autoridade, porque em toda a sua província não existe alguém reconhecido como chefe senão ele, e se os súditos obedecem a algum outro, fazem-no em razão de sua posição de ministro e oficial, não lhe dedicando o menor amor.” (Capítulo IV).
Os servos de maneira alguma devem obedecer outro que não seja o seu chefe, isso não só em relação ao principado, mas num todo, no emprego, na escola, nas igrejas. Nunca na vida, agir de maneira contrária à sua autoridade é considerado algo correto.


 
“Mas quando as cidades ou as províncias estão acostumadas a viver sob um príncipe, extinta a dinastia, sendo de um lado afeitas a obedecer e de outro não tendo o príncipe antigo, dificilmente chegam a acordo para escolha de um outro príncipe, não sabem, enfim, viver em liberdade: dessa forma, são mais lerdas para tomar das armas e, com maior facilidade, pode um príncipe vencê-las e delas apoderar-se.” (Capítulo V).
As cidades ou províncias geralmente se tornam dependentes de seus príncipes e assim não conseguem nem escolher um substituto, obrigando a talvez com maior facilidade um príncipe vencer e se apoderar das armas.

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